Foto da página Fraternidade Gaúcha
Antonio Augusto da Silva Fagundes, mais conhecido por Nico Fagundes, tradicionalista, poeta, compositor, advogado e maçom, faleceu neste ultimo dia 24, dia de São João nosso padroeiro em nossa ordem.
A maçonaria no R.S. prestou suas homenagens como poderão verificar nas imagens abaixo, bem como toda a sociedade Gaúcha.
Veja a nota divulgada pela Prefeitura de Alegrete:
"O Prefeito do Alegrete, Erasmo Guterres Silva, decretou nesta quinta-feira (25) luto oficial de três dias pelo falecimento de Antônio Augusto Fagundes. Tradicionalista, historiador, jornalista, poeta e compositor, Nico Fagundes difundiu o nome do Alegrete como letrista da mais icônica canção gaúcha: O Canto Alegretense. Falecido na noite desta quarta-feira (24) em Porto Alegre, o alegretense nascido na região do Inhanduí tem uma trajetória ligada à difusão da cultura gauchesca".
Veja a nota divulgada pela Prefeitura de Porto Alegre:
"O prefeito José Fortunati decretou luto oficial no município por três dias pelo falecimento do historiador e folclorista Antônio Augusto Fagundes na noite dessa quarta-feira (24). 'O Rio Grande do Sul despede-se do canto mais gauchesco e mais brasileiro deste pampa, um artista completo, poeta, compositor, ator e grande historiador representante da cultura gaúcha', disse o prefeito.
O governo do Estado comunicou nesta quinta-feira (25) luto oficial de três dias no Rio Grande do Sul em razão da morte do tradicionalista Antônio Augusto Fagundes, o Nico Fagundes
Governador José Ivo Sartori juntou-se a familiares e amigos para prestar condolências
Foto: Luiz Chaves/Palácio Piratini.
Foto: Diego Vara / Agencia RBS
Os significados por trás do "Canto Alegretense"
Todo gaúcho que se preza sabe cantar pelo menos trechos do célebre Canto Alegretense - mas nem todo rio-grandense sabe com exatidão a que se referem algumas das expressões incluídas na letra ou qual a origem de alguns dos seus versos já clássicos.
Principalmente para a população urbana, muitas vezes escapa o significado de passagens como "flor de tuna, camotim de mel campeiro" ou o que são as "quebradas do Inhanduí". Com auxílio de especialistas em fauna e flora do Estado e da família Fagundes, ZH montou um apanhado do que querem dizer algumas das palavras e expressões que ajudaram a transformar o Canto Alegretense em uma espécie de hino sentimental do Rio Grande.
Além disso, Nico e outros integrantes do grupo familiar ajudaram a contextualizar algumas das frases que acompanham uma das melodias mais entoadas por gaúchos e gaúchas de todas as querências. Confira, abaixo, alguns detalhes por trás da composição de Nico Fagundes.
Canto Alegretense
Não me perguntes onde fica o Alegrete
Segue o rumo do seu próprio coração
Cruzarás pela estrada algum ginete
E ouvirás toque de gaita e violão
Pra quem chega de Rosário ao fim da tarde
Ou quem vem de Uruguaiana de manhã
Tem o sol como uma brasa que ainda arde
Mergulhado no Rio Ibirapuitã
Ouve o canto gauchesco e brasileiro
Desta terra que eu amei desde guriFlor de tuna, camotim de mel campeiro
Pedra moura das quebradas do Inhanduí
E na hora derradeira que eu mereça
Ver o sol alegretense entardecer
Como os potros vou virar minha cabeça
Para os pagos no momento de morrer
E nos olhos vou levar o encantamento
Desta terra que eu amei com devoção
Cada verso que eu componho é um pagamento
De uma dívida de amor e gratidão
Fontes: Ernesto Fagundes, Nico Fagundes, Fundação Zoobotânica do RS, prefeitura de Alegrete e dicionários Houaiss e Aurélio.
A Mui Respeitável Grande Loja Maçônica do R.S. colocou seu pesar pelo passamento em sua página.
O Grande Oriente do Rio Grande do Sul decretou luto oficial pelo passamento do Irmão Nico Fagundes.
A seguir um vídeo cujo o apresentador foi o nosso valoroso Irmão Nico Fagundes apresentado pela TV RBS.
Imagens citadas as fontes abaixo de cada uma delas e ou internet, exto de Eduardo Lecey
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