quarta-feira, 20 de junho de 2018

SOLSTÍCIO DE INVERNO - BANQUETE RITUALÍSTICO NA ARLS GUARDIÕES DA ARCA

Nesta segunda feira dia 18, a  A.'.R.'.L.'.S.'. Guardiões da Arca nº 4348, praticante do Rito Brasileiro federada ao Grande Oriente do Brasil.

Realizou a sua sessão magna de mesa, referente ao banquete ritualístico do solstício de inverno de 2018.

A nossa Oficina tem como norma realizar os banquetes ritualísticos, sendo que o do inverno no hemisfério sul, é a última sessão presidida pelo Venerável Mestre, marcando assim o encerramento de sua gestão.

O Venerável Mestre Eduardo Lecey, foi quem presidiu a sessão magna de mesa, encerrando a sua gestão, já que a próxima sessão será a de instalação do novo Venerável Mestre eleito, o nosso Irmão Anselmo Lanzarini.

Já o banquete ritualístico em homenagem ao solstício de verão é a última sessão antes das férias obrigatórias maçônicas do Grande Oriente do Brasil e ocorre no mês de dezembro.

Desta forma todo Venerável Mestre, preside ao menos duas sessões magna de mesa por gestão.

A tradição das Cerimônias das Estações perde-se na noite dos tempos, e são tão antigas como as montanhas onde eram celebradas no passado. Ao longo de um ciclo anual, o Sol, passa aparentemente por quatro portais ou fases, denominadas Equinócios e Solstícios, produzindo-se na natureza grandes fluxos e circulações de energia, que influenciam a Terra e todos os seres que a habitam.

Este Astro-Rei de nosso sistema planetário, em seu movimento aparente ao redor de nossa Terra, desponta no oriente em lugares diferentes a cada época do ano. Isso se deve à inclinação do eixo imaginário de nosso planeta em relação a seu plano de translação. 

Devido a esta inclinação é que a Terra possui as quatro conhecidas estações. Assim, durante o ano, o Sol, em sua trajetória, chega a uma máxima posição Norte afastando-se do Equador para depois caminhar até uma máxima posição Sul e retomar a seguir para o Norte, num infinito bailado.



Nossos ancestrais mantinham o maior interesse no conhecimento preciso das épocas em que estas mudanças ocorriam. Para marcarem as posições máximas alcançadas pelo Sol, construíram dois pilares de pedra,  estes pilares representam, em síntese, as linhas imaginárias dos Trópicos.

Assim, quando o Sol atinge o limite máximo ao Norte, tocando a linha imaginária do Trópico de Câncer, ocorre no hemisfério Sul o Solstício de Verão. O termo “Solstício” se deve ao fato de que o Sol, no seu afastamento máximo do Equador, parece nesse ponto estacionar, para em seguida, retomar sua caminhada em direção ao Equador. 

Desde tempos imemoriais, nossos antepassados festejavam os Solstícios. Nos mistérios egípcios, o Sol era simbolizado por Osíris, como o espírito do Universo e Governador das Estrelas. Os romanos celebravam as Festas Solsticiais em honra ao deus Janus, o deus de Dupla Face. 



Esse costume foi mantido pelos cristãos, nas datas comemorativas de  São João Batista e São João Evangelista Assim Janus, é aquele que, assim como o Cristo quando declara ser o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, o Senhor da Eternidade. 



Janus, como deus da iniciação, presidia os “Collegia Fabrorum”, os depositários das iniciações ligados ao exercício dos ofícios, dos quais as corporações de construtores da Idade Média herdaram o mesmo caráter, prestando aos dois “São João” a mesma dedicação que a Janus. 



O nome “João” é por si uma legenda. João, ou Iohannes na etimologia hebraica, significa “A Graça Divina”, como também o homem iniciado ou iluminado. São João, além de representar, simbolicamente o iniciado na Luz da Verdade.



São João Batista é a figura homenageada neste Solstício. Consta que fazia parte da Seita dos Essênios, tendo participado dos templos do Egito e dos colégios dos Profetas. Sua vida sobre as margens do Jordão e lagos da Judeia era a mesma de um Yogi da Índia.  



O trabalho realizado com sucesso nas  estações anteriores de semeadura, cultivo e colheita, pudemos transformar a dádiva dos deuses em produtos de tradicional significado para o corpo e  o espírito do homem.


Em memória e homenagem à nossa Antiga Tradição, festejamos esta estação com a carne e o sangue transfigurados pelo Pão e Vinho atuais, que  já possuem o Sal e a Água incorporados. 

O banquete maçônico é uma tradição antiga que não convêm romper. Todas as Lojas devem, ao menos uma vez ao ano, reunir seus membros em torno de uma mesa fraternal.

Texto de Eduardo Lecey, baseado em um texto do 

Sereníssimo Irmão José Robson Gouveia Freire.

Cobertura fotográfica realizada pelo o nosso 

Irmão Marcelo Costa (51) 98473 7163 

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