Nesta segunda feira dia 18, a A.'.R.'.L.'.S.'. Guardiões da Arca nº 4348, praticante do Rito Brasileiro federada ao Grande Oriente do Brasil.
Realizou a sua sessão magna de mesa, referente ao banquete ritualístico do solstício de inverno de 2018.
A nossa Oficina tem como norma realizar os banquetes ritualísticos, sendo que o do inverno no hemisfério sul, é a última sessão presidida pelo Venerável Mestre, marcando assim o encerramento de sua gestão.
O Venerável Mestre Eduardo Lecey, foi quem presidiu a sessão magna de mesa, encerrando a sua gestão, já que a próxima sessão será a de instalação do novo Venerável Mestre eleito, o nosso Irmão Anselmo Lanzarini.
Já o banquete ritualístico em homenagem ao solstício de verão é a última sessão antes das férias obrigatórias maçônicas do Grande Oriente do Brasil e ocorre no mês de dezembro.
Desta forma todo Venerável Mestre, preside ao menos duas sessões magna de mesa por gestão.
A tradição das Cerimônias das
Estações perde-se na noite dos tempos, e são tão antigas como as montanhas onde
eram celebradas no passado. Ao longo de um ciclo anual, o Sol, passa
aparentemente por quatro portais ou fases, denominadas Equinócios e Solstícios,
produzindo-se na natureza grandes fluxos e circulações de energia, que
influenciam a Terra e todos os seres que a habitam.
Este Astro-Rei de nosso sistema
planetário, em seu movimento aparente ao redor de nossa Terra, desponta no
oriente em lugares diferentes a cada época do ano. Isso se deve à inclinação do
eixo imaginário de nosso planeta em relação a seu plano de translação.
Devido
a esta inclinação é que a Terra possui as quatro conhecidas estações. Assim,
durante o ano, o Sol, em sua trajetória, chega a uma máxima posição Norte
afastando-se do Equador para depois caminhar até uma máxima posição Sul e
retomar a seguir para o Norte, num infinito bailado.
Nossos
ancestrais mantinham o maior interesse no conhecimento preciso das épocas em
que estas mudanças ocorriam. Para marcarem as posições máximas alcançadas pelo
Sol, construíram dois pilares de pedra,
estes pilares representam, em síntese, as linhas imaginárias dos
Trópicos.
Assim, quando o Sol atinge o
limite máximo ao Norte, tocando a linha imaginária do Trópico de Câncer, ocorre
no hemisfério Sul o Solstício de Verão. O termo “Solstício” se deve ao fato de
que o Sol, no seu afastamento máximo do Equador, parece nesse ponto estacionar,
para em seguida, retomar sua caminhada em direção ao Equador.
Desde tempos imemoriais, nossos
antepassados festejavam os Solstícios. Nos mistérios egípcios, o Sol era
simbolizado por Osíris, como o espírito do Universo e Governador das Estrelas.
Os romanos celebravam as Festas Solsticiais em honra ao deus Janus, o deus de
Dupla Face.
Esse costume foi mantido pelos
cristãos, nas datas comemorativas de São
João Batista e São João Evangelista Assim Janus, é aquele que, assim como o
Cristo quando declara ser o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, o Senhor da
Eternidade.
Janus, como deus da iniciação,
presidia os “Collegia Fabrorum”, os depositários das iniciações ligados ao
exercício dos ofícios, dos quais as corporações de construtores da Idade Média
herdaram o mesmo caráter, prestando aos dois “São João” a mesma dedicação que a
Janus.
O
nome “João” é por si uma legenda. João, ou Iohannes na etimologia hebraica,
significa “A Graça Divina”, como também o homem iniciado ou iluminado. São
João, além de representar, simbolicamente o iniciado na Luz da Verdade.
São João Batista é a figura
homenageada neste Solstício. Consta que fazia parte da Seita dos Essênios,
tendo participado dos templos do Egito e dos colégios dos Profetas. Sua vida
sobre as margens do Jordão e lagos da Judeia era a mesma de um Yogi da
Índia.
O trabalho realizado com sucesso
nas estações anteriores de semeadura,
cultivo e colheita, pudemos transformar a dádiva dos deuses em produtos de
tradicional significado para o corpo e o
espírito do homem.
Em memória e homenagem à nossa
Antiga Tradição, festejamos esta estação com a carne e o sangue transfigurados
pelo Pão e Vinho atuais, que já possuem
o Sal e a Água incorporados.
O banquete maçônico é uma
tradição antiga que não convêm romper. Todas as Lojas devem, ao menos uma vez
ao ano, reunir seus membros em torno de uma mesa fraternal.
Texto de Eduardo Lecey, baseado em um texto do
Sereníssimo Irmão José Robson Gouveia Freire.
Cobertura fotográfica realizada pelo o nosso
Irmão Marcelo Costa (51) 98473 7163
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