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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013


SUPREMO CONCLAVE DO BRASIL
Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos


DECRETO N° 0215
de 27 de janeiro de 2013
Luto Maçônico

NEI INOCENCIO DOS SANTOS 33.'..,  Soberano Grande Primaz do Rito Brasileiro de Maçons Antigos,  Livres e Aceitos, no uso de suas atribuições legais,
Considerando o trágico incêndio ocorrido na Cidade de Santa Maria, no  Estado do Rio Grande do Sul quando mais de 230 jovens tiveram a vida ceifada e outros 130 ficaram feridos, muitos com gravidade:
Considerando que este acontecimento gerou uma profunda comoção na sociedade brasileira, afetando a todos nós, ao constatarmos que um acúmulo de inconsequências evitáveis,  se precauções elementares tivessem sido tomadas, muitas da alçada do Poder Público, não trariam luto e dor a centenas de lares, porém o nosso intento não é o de julgar mas sim de se solidarizar com os familiares das vítimas;
Considerando,  ainda, que nessa funesta tragédia perderam a vida 03 (três) sobrinhos DeMolay e 02 (duas)  sobrinhas Filhas de Jó, de acordo com  informação recebida, o que aumenta ainda mais a nossa tristeza, e nos deixa  profundamente perplexos pela perda precoce desses jovens, que certamente seriam úteis e imprescindíveis á Sociedade;
DECRETA
Art. 1° - Luto Maçônico de 3 (três) dias, em todas as Oficinas Litúrgicas subordinadas ao Supremo Conclave do Brasil, a contar do dia 27 de janeiro do  corrente ano;
 Art. 2° - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrario.
Art. 3° - Fica o Grande Secretário da Magna Reitoria, incumbido de publicação e notificação do presente Decreto.
Art. 4° - Dado e traçado no Gabinete do Soberano Grande Primaz, ao Clima do  Rio de Janeiro/RJ, em 27 de janeiro de 2013 da E.'.V.'.

NEI INOCENCIO DOS SANTOS
Soberano Grande Primaz do Rito Brasileiro

                
GELCY CLOVES DIAS                                         JOSE ROBSON GOUVEIA FREIRE
Grande Secretário da Magna Reitoria                  Grande Chanceler da Magna Reitoria




A BANALIZAÇÃO DA MORTE




Meus Respeitáveis Irmãos, o acontecimento amplamente divulgado, nacional e internacionalmente, a perda de centenas vidas de jovens na plenitude de sua mocidade, ocorrida em uma boate na cidade de Santa Maria, no Estado do Rio Grande do Sul, nos dá a dimensão da banalização da morte.
Já não basta a violência, no nosso dia-a-dia, que ceifa inúmeras vidas, a maioria, de jovens e adolescentes, de forma cruel e sem qualquer sentido, temos agora esse trágico acontecimento para enriquecer as nefastas estatísticas acerca da prevalência e incidência de morte entre jovens.
O Jornal O Globo, na sua edição desta data (28.01) publicou um leiaute da boate, onde perplexo constato que a configuração das suas instalações se assemelha à um quase labirinto. Pior, pois tem apenas um vão para entrada e saída, e naquele (o labirinto), ao menos, há a previsão de uma saída independente.
Ora meus Respeitáveis Irmãos, não precisa ser dotado de qualquer paranormalidade para se prever, que mais cedo ou mais tarde, algo trágico iria ocorrer, e nem mesmo ser um “expert” em em análise de risco, para se determinar a altíssima probabilidade que o desastre ocorrido na madrugada de 27 de janeiro, já estava em construção.
Contudo, o que me aterroriza é a irresponsabilidade do Poder Público, melhor, da Municipalidade e do Estado em permitir que “aquilo” tivesse um alvará de funcionamento. Quantas edificações que recebem o grande público nesse imenso Brasil estão em condições idênticas e, da mesma forma, sob a égide do Poder Público? Mesmo que aquela casa de diversão possuísse os mais modernos equipamentos de segurança e prevenção de incêndio, o que não havia, a tragédia estava anunciada, ela certamente ocorreria. Qualquer tumulto que gerasse pânico, fuga em massa, ele seria o “gatilho” para desencadeá-la, pois o óbice mais elementar era que a boate não possuía outras saídas, apenas a que servia também como entrada. Não havia como evacuar com rapidez e segurança o público presente fosse 1000 ou 1500 pessoas, e esse é também um dos princípios basilares de quem trabalha com risco e prevenção. Como diria o velho Sherlock Holmes: - Elementar meu caro Watson!
Aí me questiono: Como foi concedido o alvará? Pergunto ainda - Em Santa Maria, para a sua concessão não se exige a vistoria e a emissão do laudo técnico da Engenharia do Corpo de Bombeiros? Se este a fez, definiu as exigências necessárias para adequada prevenção contra incêndio e, em especial quanto a questão da evacuação do ambiente, levando em consideração, que qualquer acidente mais sério, aquele público estará sob o domínio do pânico?
Mais ainda, um evento daquela magnitude, amplamente divulgado, tradicional, não teve autorização prévia das autoridades, inclusive a policial, para ao menos se posicionar uma viatura de polícia à frente da boate para dar o apoio necessário? Era uma festa com muitos jovens e a bebida “corre solta”, o que invariavelmente ocasiona distúrbios.
A verdade é que estamos frente a mais uma tragédia, onde todos se lamentam e choram. As semanas passarão e ela deixará de ser notícia de primeira página, os parentes se organizarão para processar os órgãos públicos, ocorrerão protestos, mas a vida prosseguirá a sua marcha, inexoravelmente.
Lamento pelos que banalmente morreram, pelos que ficaram mutilados físico e mentalmente, pelos pais que não terão o calor de seus filhos, pelos pais que não terão netos, e pelos seus netos que ficaram sem pais.
Oh!Senhor meu Deus, até quando vamos ter de lidar repetidamente com estas impunes e dolorosas inconsequências?
Reflitam meus Irmãos!

FONTE SITE DO SUPREMO CONCLAVE DO BRASIL DE MAÇONS ANTIGOS LIVRES E ACEITOS.

Um comentário:

  1. SENTIDOS PÉSAMES POR TAN DOLOROSA TRAGEDIA QUE ENLUTA A TODA LA COMUNIDAD... EnriSan

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