BOAS VINDAS AOS GRAUS SUPERIORES DO RITO BRASILEIRO (*)
Conceito de Altos Graus
Bem se sabe, os ritos
maçônicos (nem todos) apresentam-se segundo duas grandes seções: (1) uma,
denominada simbólica – compreendendo a prática e doutrina dos três
primeiros graus, a saber, respectivamente, Aprendiz (Grau 1), Companheiro (Grau
2) e Mestre Maçons (Grau 3); e (2) outra, filosófica – compreendendo a prática
e doutrina dos graus além do terceiro. Embora seja corrente se dizer simbolismo
e “filosofismo” (sic),
esta segunda forma deve ser evitada porquanto denota a idéia de “falsa
filosofia”. Corretos os termos: graus
simbólicos e graus filosóficos.
O Rito Brasileiro, seguindo a índole maçônica nacional, organiza sua
seção filosófica em 30 graus (do 4 ao 33), seguindo nomenclatura e doutrina
próprias, constituindo graus novos,
diferentes e nacionais. Atende ao
que o professor ÁLVARO PALMEIRA denominou de O APELO de UM SÉCULO,
referência histórica bem divulgada [Anais da Iª CONRIB, p. 93, menção
bibliográfica, ao fim].
Origem
dos Altos Graus
JOSÉ
CASTELLANI (de saudosa memória) expõe [O Rito Escocês Antigo e Aceito, p. 21]
que a criação dos altos graus escoceses, característica marcante
do escocesismo, tem causas obscuras, tratadas de modo controvertido. Autores
como Findel, Rebold e Ragon, tecem razões políticas. Consideram que os
jesuítas, que lideravam a corrente dos Stuart
- em esforço de retorno o trono inglês - teriam criado graus além do terceiro,
com o mero fito de controlarem, à distância, as lojas comuns. Outrossim,
ocorreriam razões de ordem doutrinária: os altos
graus permitiriam um desenvolvimento mais satisfatório dos ensinamentos
maçônicos – o que não seria possível apenas com a prática dos três graus
básicos. Enfim, ou além disso, os altos
graus nada mais seriam que o resultado de especuladores, criando graus
cavalheirescos, cheios de títulos e honrarias, com o fito exclusivo de
vantagens pessoais, incluindo a venda de alfaias e dos próprios títulos.
O certo é
que, em sua origem mais genuína nas corporações de ofícios da Idade Média, a
Maçonaria compunha-se apenas de três classes (que não recebiam nome de graus):
(1) os aprendizes, conforme indicado pelo título, pessoas que estariam
ali pela oficina, para aprender o ofício (em inglês, craft);
(2) os companheiros, operários mais habilitados, capazes de realizar
tarefas com plenitude; e (3) os mestres, aqueles que dirigiam as
oficinas, cada uma apenas com um mestre. Na primeira Grande Loja (Londres),
embora a presença de maçons aceitos (aqueles que não eram
efetivamente operários), de início (1717) as classes existentes eram apenas de aprendizes
e companheiros, mestre sendo, restritamente, o
dirigente da Loja.
Aliás, a
coisa não é tão simples assim. Lembrar a complexidade ou diversidade da
Maçonaria. Apresentando-se com grande diversidade, dependendo do rito, os altos graus podem compor uma série
(colados em seqüência) ou se constituir isoladamente. Por exemplo: a Grande Loja Unida da Inglaterra (GLUI) [United Grand Lodge of Ancient Free and
Accepted Masons of England (UGLE), raramente incluindo o complemento de Maçons Antigos, Livres e Aceitos, (A.F. & A.M.)] – oficina que detém a
primazia maçônica em termos de representar a origem da Maçonaria na feitura com
que hoje é praticada pelo mundo inteiro – não reconhece, oficialmente, a
existência dos altos graus.
A posição
peremptória da GLUI, declarada em 1813, ano em que se uniram Antigos e Modernos, consta na solene afirmativa do Ato de União. Ali foi dito, e até hoje é mantido como declaração
preliminar no livro das Constituições, que "a pura Antiga Maçonaria consiste de
três graus e não mais, a saber, os de Aprendiz Registrado, Companheiro do
Ofício e Mestre Maçom, incluindo a Suprema Ordem do Santo Arco Real” (“that pure Antient Masonry consists of three
degrees, and no more, viz., those of Entered Apprentice, the Fellow Craft and
the Master Mason, including the Supreme Order of the Holy Royal Arch").
Assim,
conforme os princípios ingleses (ou pelo menos da GLUI), embora a complexa
existência de círculos ou ordens além do Grau 3, tais manifestações não são
consideradas como puras, nem o Arco Real
é tido como um grau extra, mas sim uma Ordem adjunta aos três graus a que se
reduziria a dita pura Antiga Maçonaria. Paradigma estranho
aos brasileiros, eis que estamos acostumados às diversas escalas da carreira
maçônica em graus sucessivos, assim, por exemplo, os prestigiosos 33 graus do
Rito Escocês Antigo e Aceito (R\E\A\A\) ou os
13 graus do Rito de York, em prática corrente nos Estados Unidos da América do
Norte (EEUU).
Há, no
Brasil, boa representação dessa diversidade de organização dos graus maçônicos.
Em primeiro lugar, os ritos de origem francesa, assim, (1) o já mencionado REAA
e seus 33 graus; (2) o Rito Moderno, hoje, no Brasil, com 9 graus
(originalmente eram apenas 7); e (3) o Rito Adonhiramita, hoje com 33 graus
(grande aspiração dos maçons brasileiros, o Grau 33), mas originalmente com 12,
depois 13 graus. Em segundo lugar, ritos de origem anglo-saxônica: (1) a
tradição alemã, bem representada pelo Rito
Schroeder, que não possui qualquer outro grau ou extensão,
praticando apenas os três básicos; (2) o já mencionado Rito de York, mantido nos EEUU com 13 graus em seqüência, hoje
(2009) em pleno desenvolvimento entre nós. Ainda, o sistema inglês, em 3 graus apenas,
com a extensão da Suprema Ordem do Santo
Arco Real.
A GLUI
admite, como extensão, a Ordem do Santo
Arco Real (não é um grau), adjunto às lojas, assim como dispõe de
organizações diversas, mais ou menos autônomas. Exemplos: a Maçonaria da Marca com o acréscimo dos Nautas da Real Arca (alusiva ao episódio
do Dilúvio/Noé) com prática na mesma Loja de Marca; os Cavaleiros Templários com o acréscimo dos Cavaleiros de Malta, praticados em um mesmo círculo ou Preceptório. Pelo mundo os ingleses
geraram muitas outras manifestações, quase todas com eco ou similaridade no
REAA e no Rito de York (EEUU).
O Rito Brasileiro
O Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e
Aceitos foi organizado em 33 graus, seguindo a linha do REAA,
considerando a propensão ou gosto nacional pelo Grau 33. Não esquecer que,
normalmente, um rito é produto cultural. Nesse sentido, um dos postulados do Rito Brasileiro declara que “a
Francomaçonaria é universal; em cada lugar e época, assumindo a forma da
cultura local”. Assim, em cada país e época, a Maçonaria se manifesta
conforme a cultura nacional. Destarte, uma das finalidades do Rito Brasileiro é a de justamente
permitir que os maçons brasileiros, sem ferir a universalidade, pratiquemos
maçonaria a nosso modo.
É válido
lembrar, mais uma vez, a diversidade das manifestações maçônicas pelo mundo. “Não
há maçonaria, sim, maçonarias”. Esta uma conclusão do Concílio Vaticano II [ler o livro de
Benimeli, Caprile e Alberton], quando os cardeais católicos, ali reunidos,
examinaram a maçonaria como uma manifestação cultural, não como religião [idem,
p. 10]. Daí ser entendido,
genericamente, “competir às conferências
episcopais o julgamento sobre os tipos de Maçonaria”, com o claro
significado de reconhecer a variabilidade referida. Em cada país, cabe ao bispo local avaliar o
aspecto assumido pela Maçonaria, no caso, para julgá-la conciliável com a
doutrina cristã postulada pela Igreja Católica, ou não.
Aqui no
Brasil, por ser esta uma espécie de vocação do maçom nacional, o Rito Brasileiro
adotou também um sistema de 33 graus.
Preâmbulo de autoria do Eminente Ir\
Fernando de Faria, 33\.
CAPITULO
O Ilustre e Sublime Capitulo Rosa
Cruz, no âmbito do Rito Brasileiro, é constituído de quinze graus (cinco destes
iniciáticos), a saber.
Grau 5 - Mestre da lealdade -
Através do estudo da prática da lealdade, conforme as leis da honra e do de
dedicação, ser franco, sincero e honesto, fiel no cumprimento dos compromissos
assumidos, traduz consciência limpa e inteireza de caráter.
Grau 6 - Mestre da Franqueza - O
Maçom dedica-se ao estudo para aperfeiçoar mais as suas virtudes e atuar com
franqueza. É a manifestação do juízo próprio sobre fatos, e coisas, com base na
verdade, é ser sincero em suas palavras, sem, contudo, usá-la de forma
agressiva para ofender outrem sem necessidade.
Grau 7 - Mestre da Verdade - O
estudo deste Grau analisa em detalhes o triunfo da verdade, pois a mentira é
sempre negativa, devendo o Maçom ser real. Ela é a base da vida social.
Grau 8 - Mestre da Coragem - O
Maçom deste Grau aprende a agir com coragem, que é uma atitude consciente e
firme, em face do erro. Para combatê-lo, o fazemos com a força ou energia
serena e firme que nos leva a enfrentar os perigos e prover a Justiça.
Grau 9 - Mestre da Justiça ou
Retidão - Em Maçonaria a Justiça é a Verdade, que dá a cada um aquilo que lhe é
devido e não ofende a nenhum direito. Constituindo a Justiça o fundamento, o
sustentáculo de qualquer sociedade, pois nada subsiste na desordem e na
violência.
Compete ao Mestre da Justiça do Rito Brasileiro,
principalmente, em nosso País com tanta desigualdade e injustiça social, o
dever de ser sempre fiel aos postulados morais do Grau e combater as
injustiças, enfrentar os perigos e prover a Justiça.
Grau 10 - Mestre da Tolerância - O
objetivo deste Grau é o desenvolvimento de praticar a tolerância, que é a boa
disposição dos que ouvem com paciência opiniões opostas às próprias, e também
suportar as faltas alheias.
Grau 11 - Mestre da Prudência - O
estudo deste Grau possibilita ao Maçom agir com prudência, que é a virtude que
nos faz conhecer e evitar a tempo as inconveniências ou os perigos, nos faz
conhecer e praticar o que convém na vida social, com moderação. A prudência é a
disposição que permite deliberar corretamente sobre o que é bom ou mau para o
Homem e, conseqüentemente, como conviver em sociedade.
Grau 12 - Mestre da Temperança -
Praticar a temperança, agir com moderação dos nossos atos. A temperança impede
a petulância, a imodéstia, a vaidade, a insolência e o orgulho do poder. O
Maçom desenvolve a moderação pela qual permanece senhor de seus próprios
prazeres, em vez de ser escravo.
Grau 13 - Mestre da Probidade - O
estudo deste Grau possibilita ao Maçom compreender que agir com probidade é ser
íntegro de caráter, que leva à observância estrita dos deveres, quer públicos
quer privados, honesto, reto e justo.
Grau 14 - Mestre da Perseverança
- Ela é a firmeza e constância. O Maçom perseverante é aquele que
permanece firme em seus objetivos e ideais, pois cada fracasso ensina algo que
devemos aprender. O não perseverante é aquele inconstante e o instável. A
Perseverança nos obriga à educação da vontade. É a virtude que contribui para o
êxito das nossas vidas. A Perseverança difere da obstinação, que leva o
indivíduo a insistir em algo absurdo e da teimosia é que nasce a ignorância.
Grau 16 - Cavaleiro da Igualdade
- Estudo profundo da igualdade, a fim de garantir a igualdade entre as
pessoas em virtude da qual todos são portadores dos mesmos direitos e deveres.
Grau 17 - Cavaleiro da
Fraternidade - Estudo da fraternidade humana por meio de
valores sociais. Também analisa e mostra formas de' combate contra vícios como
a hipocrisia, ambição exagerada, a ignorância, além de propiciar a fraternidade
que é o amor ao próximo, convivência como Irmãos.
Este último Grau (18) é
considerado umas das iniciações mais bonitas e significativas da Maçonaria, pós
simbólica.
Aquele que já teve a honra, a
oportunidade e o merecimento de passar pela iniciação do Grau 18, sabe o quão
importante e único é aquele especial momento.
Participar desses graus
considerados históricos, entronizando-os no coração, é vivenciar a obrigação do
exercício da virtude: CARIDADE, HARMONIA e AMOR.
É expandir a fraternidade aos não
iniciados, socorrer a todos na medida da nossa condição econômica. Lembrando
que ninguém é tão pobre, que não possa levar o conforto de um ombro amigo.
Ser um Cavaleiro Rosa Cruz é
trabalhar pela união dos Irmãos (independente de graus); é armar-se de espada
para combater a maledicência, a calúnia, a vaidade e a inveja.
Uma das mais belas
características de “SER” Cavaleiro Rosa Cruz, é o devotamento à Pátria.
O Capítulo Rosa Cruz, é a grande
família. A ritualística ensina que os Obreiros devem permanecer sempre unidos;
e, quando da passagem de Irmão ao “Oriente Eterno”, é responsável pela
realização da especial e respeitosa sessão fúnebre.
Cabe ao Cavaleiro Rosa Cruz
manter a união de todos os Obreiros promovendo a alegria. De todas as cerimônias
ligadas ao Capítulo Rosa Cruz, nenhuma supera a “Cerimônia de Endoenças”
(prática escocesista), que acontece somente uma vez ao ano, na Quinta-feira
Santa. Nesse dia, todos os Cavaleiros Rosa Cruz, devem comparecer, e os
impossibilitados, unir-se-ão aos demais, em espírito de confraternização.
Espera-se com este pequeno texto
despertar no Irmão, a vontade de conhecer os graus posteriores ao do Mestre
Maçom.
Possuir os 33 graus do Rito
Brasileiro, traz como “vantagem” principal a possibilidade de, em se conhecendo
cada filosofia aplicada a cada grau, escolher um, como diretriz para o seu
método de vida. O Maçom que “É” por inteiro, um Cavaleiro Rosa Cruz, é uma excelente “Pedra Cúbica”, aderindo-se
perfeitamente ao tecido social da Ordem.
Uma curiosidade: O Pelicano
quando não encontra alimento para levar para sua prole, voa para o ninho, e com
o próprio bico dilacera o peito, permitindo que os filhotes encontrem na sua
carne, o alimento que os manterá vivos até o próximo nascer do sol.
A intenção desse artigo é
incentivar os Irmãos a progredirem nos estudos maçônicos através dos graus
posteriores ao de Mestre Maçom, porque vale a pena se dedicar, se comprometer
aos estudos que servirão de ferramentas para a sua depuração moral e de
caráter; os trabalhos visam o combate à vaidade, à ambição e o apego ao poder,
pois não se deve esquecer as frases: “Se és apegado às distinções humanas,
retira-te, pois nós aqui não as conhecemos” e “Se fores dissimulado, serás
descoberto”.
KADOSCH
Grau 19 - Missionário da Agricultura e da
Pecuária - é consagrado ao estudo das origens da civilização, do momento
histórico em que o homem social transmuda-se do bando para o clã e deste para a
comunidade urbana - a cidade. Esse longo caminho é balizado pelo Rito
Brasileiro através de marcos fundamentais da economia, sempre dominante nos
movimentos humanos mais profundos.
Pecuária e Agricultura, mais do que conceitos
econômicos, são conceitos globalizantes, os quais, a uma atividade econômica
dominante, num certo tempo; agregam toda riqueza dos instantes significativos
da linha evolucional da espécie humana.
GRAU 20
Tradição do Grau
Na Maçonaria Tradicional o Grau 20 tem vários nomes: Grande
Patriarca (Hérédom), Cavaleiro do Ocidente (Namur), Escocês da Abóbada Sagrada
de Jaques VI (Misraim). No Rito Escocês Antigo e Aceito é o Grão-Mestre de
todas as Lojas ou Venerável Grão-Mestre Ad
Vitam.
A Loja é decorada de azul e amarelo e tem um candelabro de 9
braços. A Loja não se abre com menos de 9 membros. Todos os Irmãos estão cobertos e usam duas faixas: uma amarela e outra azul, que se
cruzam sobre o peito. O Presidente chama-se Grão-Mestre e representa Ciro
Artaxerxes e está revestido da insígnias reais. Há dois Vigilantes. O
recipiendário representa Zorobabel, rei dos
israelitas e é saudado pelo Presidente, que diz: “Sede como a estrela
matutina, que anuncia a chegada do dia.
Os Irmãos usam à joia, que é um triângulo de ouro, no
qual está gravada a letra R. Reconhecem-se pelo sinal, próprio do Grau, o qual
forma quatro esquadrias
Caráter do Grau no Rito Brasileiro - O Grau 20 no Rito Brasileiro é o
Missionário da Indústria e do Comércio.
São atividades indispensáveis à vida e ao progresso social.
As duas faixas usadas, na Maçonaria tradicional, indicam que a Indústria e o
Comércio têm interesses conexos e interligados. As quatro esquadrias do Sinal
exigem que haja retidão nessas atividades. E mais: a Joia,
que é um triângulo de ouro, tem nele gravado a letra R, lembrando ainda a
necessidade da retidão também recriar
(indústria) e redistribuir (comércio).
GRAU 21
Tradição do Grau
O Grau 21 é, na Maçonaria tradicional, o Grão-Mestre da Chave
da Maçonaria (Hérédom), o Cavaleiro da Palestina (Namur) o Escocês de Santo
André (Misraim). No Rito Escocês Antigo e Aceito é o Noaquita ou Cavaleiro
Prussiano.
Os primitivos
noaquitas reuniam-se anualmente na noite do plenilúnio de maio, em campo
cerrado, para celebrar a destruição da Torre de Babel.
Os noaquitas ora se dizem descendentes de Noé, ora e Faleg, o
construtor da Torre de Babel.
As reuniões dos noaquitas em loja, rigorosamente maçônica, se
fazem só iluminadas pela luz da lua, no plenilúnio de cada mês, luz vinda
através de uma janela aberta: A loja chama-se Capítulo, o presidente é o
Cavaleiro Tenente-Comendador e representa Frederico II, rei da Prússia; o
presidente senta-se frente à luz da lua. Os Irmãos chamam-se Cavaleiros
Prussianos. A joia é uma lua cheia em prata.
No iluminismo alemão (Weishaupt) o Grau 21 representa o
tribunal dos Juizes Francos da Santa Vehme, para distribuir justiça. Reuniões
mensais, também na lua cheia;
Caráter do Grau no Rito Brasileiro - O Grau 21 no Rito Brasileiro, é o
Missionário do Trabalho.
O cunho do Grau é, realmente, o trabalho do Grau está ligado
a Noé (construção da arca) e a Faleg (construção da Torre de Babel). No Sinal
de Ordem volta-se o rosto para o Sodalício, onde nascem o Sol e a lua,
indicando que o trabalho pode executar-se de dia e de noite: “o homem nasceu
para o trabalho como o pássaro para voar. A Palavra de passe é o nome do
arquiteto da Torre de Babel. O tradicional brasão d’armas do Grau 21 tem, além
da lua cheia (de prata), um triângulo eqüilátero de ouro, em campo branco;
atravessado por uma flecha de prata, de cima para baixo, símbolo do trabalho
reto e digno. O eqüilátero simboliza o justo
pagamento do trabalho.
Grau 22 - Missionário da
Economia - Esse Grau é uma seqüência dos Graus; 19 - Missionário da Agricultura
e da Pecuária; 20 - Missionário da Indústria e do Comércio; e 21 - Missionário
do Trabalho.
Alegoricamente, o machado é o instrumento para se
pôr abaixo as discriminações econômicas; e o cordão do Grau, com as cores do
arco-íris, significa a bonança, que resultaria de uma Economia mundial
equilibrada, isto é supletiva e não competitiva.
Grau 23 - Missionário da Educação - Denomina-se Soberano Príncipe Adepto Chefe do Grande
Consistório (Heredom). Sublime Escocês (Namur), Grande Arquiteo (Misraim). No
Rito Escocês Antigo e Aceito é o Chefe do Tabernáculo.
É
um Grau templário e versa ainda sobre Hiram e o Templo de Salomão.
Decoração
da Loja: tapeçaria branca, sustentada por Colunas vermelhas e negras. No
Oriente um tronco com 7 degraus e uma pequena mesa com o Livro da Lei e uma
espada. O Presidente é o Grande Soberano e representa Aarão. Os Vigilantes são
os Excelentes Prelados e os Irmãos levitas. A Loja se denomina Hierarquia.
Por
seus símbolos e alegorias, este Grau velava pelo ensino entre os Povos antigos.
Caráter do Grau no Rito
Brasileiro
O
Grau 23 é o Missionário da Educação. Essa denominação deriva do conteúdo,
tradicional do Grau: Os 7 degraus do trono, no Oriente, lembrando o, trivium e
o quadrivium: a gramática, a retórica e a dialética (lógica) a aritmética, a
geometria, a música e a astronomia.
Os
Irmãos são os guardas do Tabernáculo (ou santuário portátil) onde se acolhem as
leis da moral universal e verdades
reveladas pelos sentidos, pela
inteligência e pela intuição.
Grau 24 - Missionário da Organização
Social.
Denomina-se
Ilustre Cavaleiro Comendador da Águia Branca e Negra (Hérédom), Arquiteto
(Misraim), Cavaleiro do Sol (Namur). No Rito Escocês Antigo e Aceito é o Príncipe do Tabernáculo.
A
Loja tem duas peças: o vestíbulo e o templo circular. Há, neste, um Candelabro
de 7 braços, contendo cada um sete luzes.
A
loja se chama Hierarquia, como no Grau anterior. O Presidente é o Muito
Poderoso e representa Moisés. Há 3
Vigilantes, que tomam o título de Poderosos: ao sul, ao norte e a oeste.
É
a legenda do Tabernáculo de Moisés. Como sabemos, o Tabernáculo era um
santuário portátil, em forma de tenda de campanha, construído por Moisés, na
travessia do deserto. A parte mais sagrada do Tabernáculo era o Santo dos
Santos (sancto sanctorum) onde estavam a Arca da Aliança com as Tábuas da Lei,
o Altar do incenso e o Candelabro dos 7 braços. Foi durante a Marcha no deserto
que Deus chamou Moisés ao Monte Sinai e aí lhe deu a Sua lei (Êxodo, XX e
seguintes). Tudo foi previsto: justiça direito, caridade, higiene. A lei
mosaica é um Código religioso, civil e social. Está resumida no Decálogo ou os
Dez Mandamentos.
O Grau 24 desenvolve as legendas mosaicas da
Serpente de Bronze e do eufórbio. Os israelitas eram constantemente vítimas, no
deserto, de picadas de serpente. Moisés
obteve de Deus fazer uma serpente de bronze, que curava todo aquele que,
picado, a olhasse. Moisés também empregava do eufórbio para a cura, - sendo que
o eufórbio igualmente servia, para destruir o ferro, corroendo-o. Na velha
Iniciação o candidato vem sob ferros, vergado e encadeado, mas o guia lhe dá
uma resina do eufórbio, que o liberta, e a iniciação prossegue com o candidato
livre dos ferros.
A
tradição do Grau diz, pois, com a organização social política e religiosa de um
povo. Na pergunta de ordem “Em que trabalhais”?
responde-se: “Nos 10 Mandamentos das Tábuas da Lei.Caráter do Grau no Rito
Brasileiro
Em
verdade, todo o conteúdo da Maçonaria tradicional impõe ao Grau essa
denominação.
Grau 25 - Missionário da Justiça
Social -
Denomina-se Muito Ilustre Soberano
Príncipe da Maçonaria Grande Cavaleiro Sublime Comendador do Real Segredo
(Héredom), Grande Escocês de Santo André (Namur), Aprendiz Perfeito Arquiteto
(Misraim). No Rito Escocês, Antigo e Aceito é o Cavaleiro da Serpente de
Bronze. No Rito Héredom ou da Perfeição é o último grau.
A
decoração da Loja é vermelha. Acima do trono há um transparente, em que se vê
uma sarça ardente e no meio dela um homem. Três salas: Um campo
com barracas, uma planície arenosa; e um tronco com a Cruz trazendo as iniciais
J∴N∴R∴J∴
A
Loja se chama Corte do Sinal. O Presidente é o Poderosíssimo Grão-Mestre e
representa ainda Moisés. Os Vigilantes são os dois Ministros. O orador é o
Pontífice; os Irmãos, Cavaleiros.Caráter do Grau no Rito
Brasileiro
O
Grau 25 é o Missionário da Justiça Social. O conteúdo tradicional do Grau
conduz a essa denominação:
No
colar do Grau há uma divisa “Virtude e Coragem”;
A
joia é uma serpente de bronze, enrolada numa vara e terminando por um tau, que
indica o rumo certo;
O
eufórbio destruindo os ferros da opressão e simbolizando o resgate dos cativos;
e a Palavra de Passe J∴N∴R∴J∴ significando Jesus, o Salvador, e toda a sua predicação
de justiça social.
Grau 26 - Missionário da Paz - Na
Maçonaria tradicional este Grau tem várias denominações, como Maçom do Segredo
(Rito Primitivo de Namur) e Companheiro Perfeito Arquiteto (Misraim). No Rito
Escocês Antigo Aceito é o Príncipe da Mercê ou Escocês Trinitário.
Grau 27 – Missionário da Arte - Na
antiga Maçonaria (na "Maçonaria Primitiva", na linguagem de
Frderico II), o Grau 27 apresenta-se com várias concepções heterogêneas. Nele
nao se descobre nenhuma amálgama, muito menos qualquer sincretismo. Há de tudo:
os membros da Corte, são Comendadores do Templo de Jerusalém, mas se vestem
como Templários e combateram o infiel Saladino.
O
Grau foi instituído para recordar a condenação dos Templários, mas a Palavra
Sagrada é J\N\R\J\ Há cruzes latinas, teutônicas (a cruz
teutônica é a do Grau) e também o Signo de Salomão, e mais 12 colunas do
Zodíaco. Manoel Arão diz que, por vezes, já foi tentada a supressão desse Grau.
Pouco
pode ser apurado para fixar a correspondência simbólica desse Grau no Rito
Brasileiro. Apenas se aproveita o fato do neófito entrar enleado, para a seguir
ser libertado das cordas, mostrando-se a diferença entre um homem escravo e um
homem livre. Outro argumento simpático é a Cruz teutônica do Avental estar
rodeada de louros.
O
Grau 27 do Rito Brasileiro é consagrado à Arte. Os Maçons desse Grau são os Missionários
da Arte.
A
Arte é livre, nobre e gloriosa. Não admite escravizações. O artista nasce
artista e traz consigo a sensibilidade da percepção e originalidade criadora. Por isso se define a
Arte como uma livre atividade espiritual, criadora de beleza.
Grau 28 – Missionário da Ciência - O Grau
28 do Rito Brasileiro é o Missionário da Ciência, Porque:
1º - O real objetivo desse Grau, na antiga
Maçonaria, era fazê-lo uma escola de ciências, interpretando a Natureza e
devassando-lhe as leis, em procura da Verdade. Assim pensava o criador desse
grau, o monge Pernetti, em 1766, fundador da Ordem dos Iluminados de Avinhão.
2° - O candidato, na recepção, coberto por um
véu, procura o Grande Segredo.
3° - Há que se notar o "Irmão da
Verdade:" segura um bastão branco, na extremidade do qual há um globo de
ouro.
4.° - Um símbolo expressivo é o Estandarte da
Loja, de fundo branco, quadrilátero, com um coração alado e inflamado, debaixo
de uma coroa de louro, com o lema: "ardens gloria surgit".
5.° - Ainda é de assinalar-se a tríplice
incrição: Stena, Sedet, Soli, que se traduz por: Ciência, Sabedoria, Santidade.
6.° - Por fim, nas questões de Ordem, a hora da
abertura é a seguinte: "É noite sobre a Terra, mas o Sol está no meridiano
da Loja ". A Ciência é Luz.
Grau 29 - Missionário da Religião - No Rito Primitivo de Namur, de 1770,
denominava-se Grande Eleito da Verdade. Mais tarde tomou as denominações de
Grande Escocês de Santo André da Escócia ou Patriarca dos cruzados, ou
Cavaleiro do Sol ou Grão-Mestre da Luz.
O símbolo do Grau é um touro negro em fundo de
ouro com a legenda: "Omnio Tempus Attlngit." Há um grande quadro,
representando a Jerusalém Celeste, de 12 caminhos, 12 habitações; e uma praça
central; nesta a Árvore de 12 frutos e o Cordeiro Imaculado, de cujo coração
partem cinco rios de amor: o paternal, o conjugal, o filial, o fraternal e o
social.
Em algumas Lojas há dois Vigilantes, denominados
Grande Sacerdote e Grande Senescal.
Grau 30 - Missionário da Filosofia - é a cúpula
dos Graus culturais do Rito. O Maçom, desde o Grau 19 ao 29, passou por todos
os departamentos da atividade e da cultura humana e está apto a adquirir o
superior espírito filosófico, numa compreensão da Vida, da Sociedade e do
Universo, pela apreensão dos Princípios
e das Causas.
Outrora, o Grau de Kadosch prestava-se a variadas
interpretações; basta recordar a existência de oito classes principais de
Kadosch: Israelita, Cristão Primitivo, das Cruzadas, dos Templários, de
Cromwen, Jesuíta, Escocês e Filosófico. Várias versões conflitavam como
generoso espírito da Maçonaria, ligadas, como estavam, à déia de vingança
contra o Trono e contra a Igreja de
Roma, pelo martírio de Jaques de Molay, o Grão-Mestre dos Templários. O travor
da vingança deixou marca indelével no Cobridor do Grau.
O Rito Brasileiro restaurou e acentuou o inato
conceito do Kadosch Filosófico; porque hoje a alta e real missão dos portadores do Grau é combater
sem trégua, o atraso, a incultura e o erro.
Uma
boa definição sobre os Graus Superiores, está na página 371 do consagrado Livro
Kadosch, edição de 1980, do Irmão
Rizzardo da Camino, ali contendo: A Lenda de Hiram Abif, tão
exaltada no Grau 3, o de Mestre Maçom, irá encontrar nos Graus subsequentes,
uma amplitude tamanha que proporcionará o entendimento necessário para que a
Lenda, se transforme em profundo conhecimento simbólico das reações
psicológicas do próprio homem: o “Conheça-se a ti mesmo”, encontrará resposta e
com isto, uma grande satisfação maçônica.”
Cada
grau traz um grande conforto moral, um conhecimento destinado e praticado
somente por aqueles que se comprometerem com a sustentação do ideário maçônico
do servir. Temos o costume de não compreender com exatidão o sentido da palavra
“servir”, alguns acham que é desempenhar funções ou estar ao serviço de alguém.
Ledo engano! Servir é ir à frente, antecipar a necessidade do Irmão minimizando
o dano ou favorecendo o ganho, é principalmente e acima de tudo SERVIR DE
EXEMPLO, esta é uma das lições praticadas no Conselho de Cavaleiros Kadosch.
Outra
lição é a humildade, no sentido original da palavra latina humile, de húmus (terra)
recordem a primeira parte da iniciação, ser a base, servir de alicerce onde se
constroem edifícios de alto valor moral. Passar pelo Kadosch, receber os graus,
participar dos trabalhos ou até mesmo colaborar na administração é compreender
a máxima dos Cavaleiros Templários:- "Non
Nobis Domine. Non Nobis, sed Nomini Tuo da Gloriam" = “Não por nós,
Senhor, não por nós, mas para que teu nome tenha a glória”, também interpretado
como “Não a nós, Senhor, não a nós, daí a gloria ao Vosso nome”, ou ainda “Não
por nós, Senhor, não por nós, mas para que teu nome tenha a glória”.
Ser
um Kadosch é ser um exemplo de labor, cortesia, de um humilde Cavaleiro Sacro e
Puro (Kadosch = sacro, sagrado, santo, puro, purificado).
ALTO COLÉGIO
O Maçom
tem o dever fundamental de contribuir para o Bem Público, porque se a Maçonaria
não tem Pátria, os Maçons a têm.
Grau 32 -
Guardião do Civismo - O
Guardião do Civismo, nesse particular não usa a força pela força, no
serviço da Comunidade. Um homem forte é aquele que se conforma com as Verdades
espirituais, oriundas da Religião, que professe, ou da Filosofia, que cultive,
e em cada Pátria procura seguir o exemplo de seus maiores paradigmas do Bem e
da Honra. Um Maçom, assim estruturado, é Inexpugnável e serve efetivamente à
Pátria através dela, à Humanidade.
Grau 33 - Servidor da Ordem, da
Pátria e da Humanidade - é
título conferido ao Iniciado do Grau 33, do Rito Brasileiro de Maçons Antigos,
Livres e Aceitos. Cabe-lhe o exercício de sui generis sacerdócio não-religioso
e não profissional: trabalhar com destemor na propagação dos princípios da
Maçonaria; identificar, como ser individual ativo, as polaridades opostas, a
fim de neutralizá-las, freando o jogo espontâneo e instável do pensamento, para
transformá-lo, de corrente tormentosa de reflexos do mundo, na quietude
harmoniosa da disciplina interior. É trabalho que exige atenção, discrição e
renúncia, para dominar os cinco venenos da mente: a ignorância, o ódio, o
orgulho, o desejo incontrolado e a inveja. Para realizá-lo, é indispensável
transitar pelos aspectos cerimonial e altruístico do longo processo iniciático,
durante o qual a Consciência gradualmente desperta para a base filosófica da
Arte Real e seu pluridimensionalismo humanístico, fundado naquilo que o
Bhagavad Gita expressa: "Meu Eu sustenta todos os seres e constitui sua
existência; Eu Sou o Eu que habita em tudo".
Em
Direito Canônico, consistório (denominação dos demais Ritos) é uma “reunião”
solene de Cardeais, convocada e presidida pelo Romano Pontífice (Papa), para
prestar-lhe assistência e colaboração no GOVERNO DA IGREJA.
Alto
Colégio, na dicção do Rito Brasileiro, é um “corpo” filosófico onde os maçons
se reúnem para cursar os 3 últimos graus do Rito Brasileiro, R\E\A\A\
e maioria dos Ritos que contam com 33 graus. Trata-se, então, de uma escola
aonde os Maçons vão para concluir os seus estudos.
Parafraseando
a Igreja, poderíamos dizer que, para nós, Alto Colégio é, assim, um “corpo”
solene de iniciados, convocado e presidido pelo seu presidente (Egrégio Mestre),
para prestar assistência e colaboração no GOVERNO DA MAÇONARIA.
Em
linguagem comum, indica o “lugar” onde se realiza alguma assembleia ou reunião.
Por exemplo: salas de reuniões das irmandades.
Como
reflexão, por analogia etimológica e semântica, o termo consistório pode ser
correlacionado com “consistência” (solidez, coerência, congruência,
estabilidade e subsistência): que consiste em... (em sentido figurado,
consistência se relaciona também com constância e perseverança), que são
atributos da “consciência” (intelecto, inteligência, razão, conhecimento): que
tem consciência de... (em sentido figurado, consciência se relaciona também com
conhecer e saber).
Todas
essas concepções, juntas, convergem para um mesmo ponto: pessoas reunidas para
compreender situações, tomar decisões e fazer encaminhamentos (ou seja:
preparar-se ou preparar alguém para agir).
Como
os Cardeais, os Maçons chegam ao Consistório onde e quando recebem como missão
a INSTRUÇÃO (voltar para suas origens e ajudar a outros a fazer progresso na
Maçonaria até chegarem também ao Consistório). Os Cardeais voltam para seus
países e ajudam na administração das igrejas e, os Inspetores, voltam para suas
Lojas Simbólicas e Corpos Filosóficos e ajudam na administração do Rito Escocês
Antigo e Aceito.
A
MENTE É UM CONSISTÓRIO
A
consciência humana se formou como resultado de dois processos de evolução: um
biológico e, outro, educacional! A base biológica da consciência (cérebro)
começou apenas como uma célula nervosa e evoluiu para bilhões de neurônios
reunidos e unidos dentro da cabeça humana. A base educacional da consciência
(intelecto) começou com uma primeira percepção e evoluiu para bilhões de
conhecimentos apreendidos dentro da memória humana.
Com
o advento da consciência individual, o homem descobriu a sua capacidade global
de construção, de transformação e, até mesmo, de destruição! Com o despertar da
consciência coletiva, a humanidade passou a se sentir muito sozinha: isolada na
imensidão do universo e, até mesmo, solitária dentro de sua própria casa!
Muito
se fala na “luz da consciência”! Esse clarão é a “inteligência” que vem da
quantidade e qualidade dos conhecimentos aprendidos ao longo da existência! No
entanto, no início da vida, logo após o nascimento, a mente humana é totalmente
vazia de conhecimentos. Ela “ignora” tudo! Então, no começo eram só trevas, ou
seja: ignorância! Porém, não pode continuar assim! Atualmente, no mundo em que
vivemos, a principal causa de sofrimento e miséria é o resquício de
“ignorância” que permanece em nossa consciência. E Não podemos esquecer que o
preconceito é filho da ignorância e pai da estupidez!
Na
tentativa de fugir das trevas da ignorância, o ser humano sempre procura
respostas acessíveis, imediatas, externas, históricas... Mas, nem mesmo a
ciência, encontra respostas para todas as dúvidas da mente humana. Sempre
restam dúvidas!
A
realidade é relativa e, a relatividade, é científica! Nossas observações e
conclusões nunca são definitivas: pode ser que seja, pode ser que não seja! Em
determinadas condições “é assim”! Mas, em outras circunstâncias “não é bem
assim”! Deus, então, é a resposta para as questões transcendentais! Foi Deus
que criou! O ser, a verdade, o bem e outras “coisas”... Tudo criação divina!
A
consciência nos aponta os conhecimentos já adquiridos através da pesquisa, do
estudo e da experiência! E nós, Maçons, como filósofos que somos, temos a
missão de pensar, sentir e praticar os comportamentos resultantes de nossos
pensamentos e sentimentos: é o exercício de nossos talentos maçônicos!
A
MAÇONARIA É UM CONSISTÓRIO
A
Maçonaria também é assim: uma grande jornada evolutiva que começa na
“iniciação” e progride até o topo do consistório! Mas, devemos entender que não
existe uma luz acesa no Consistório esperando os Maçons! Mais do que uma busca
em si, é o caminho ao longo do qual vivenciamos o processo de construção da
iluminação. Já chegamos, no topo, iluminados!
Na
magnífica ideia construída a partir do sonho de Jacó (anjos subindo e descendo
numa escada) encontramos explicação para o verdadeiro significado do “fazer
progresso na Maçonaria” por meio de estudos efetuados ao longo dos 33 graus do
REAA: os Maçons, ao longo da subida, processam energias para a produção de luz!
É o aprendizado que nos torna maçons iluminados! Subimos para aprender e,
agora, vamos descer para instruir! Subindo colhemos o que outros plantaram!
Descendo vamos semear, para que outros, subindo, colham o que nós plantamos!
Vejamos:
(1) o pensamento filosófico do Capítulo, é focado no conhecimento; (2) a
sensibilidade afetiva do Cavaleiro Rosa Cruz, é centralizado no amor; e (3) o
trabalho produtivo do Conselho de Kadosch, é envolvido na ação.
E
o Alto Colégio? A consistência é abrangente: engloba os três domínios da
consciência humana: cognitivo (poder do pensamento); afetivo (poder do
sentimento); e motor (poder do comportamento). Em suma, envolve a um só tempo,
o conhecimento (inteligência), amor (sabedoria) e ação (talento). Todos juntos
e consistentes: consciência maçônica, ou seja: consistório!
Podemos
concluir que, na Maçonaria, o “consistório” “consiste” em promover oportunidades
e propiciar condições para pesquisa, estudo e prática da congruência nos
pensamentos, da solidez nos sentimentos e da disponibilidade dos talentos do
verdadeiro Maçom a serviço do bem.
E,
assim sendo, com a pessoa no Topo da Consciência e o Maçom no Topo do
Consistório, mesmo sem ainda ter chegado ao Topo da Escada de Jacó, como
produto da Inteligência, Força e Beleza, o Templo Interior continua a ser
construído de forma “consistente” no “Consistório” da vida maçônica.
(*)Trabalho produzido pelo Eminente Irmão JOSÉ
ROBSON GOUVEIA FREIRE, M∴ I∴, Gr∴ 33∴, Delegado Litúrgico do Rito Brasileiro no
DF. Membro Correspondente da Academia Paraibana de Letras Maçônicas, Secretário
de Comunicação do Grande Oriente do Distrito Federal (G∴O∴D∴F∴). (Membro Honorário
das AAug∴ e RResp∴ LLoj∴ SSimb∴
Presidente Juscelino Kubitscheck nº 3530, Arca da Aliança nº 2489 e Cachoeira
da Luz nº 3357. É Obreiro Ativo e Regular
das AAug∴ e RResp∴ LLoj∴ SSimb∴ Fé e Progresso nº 2956 e
Obreiros da J
EXCELENTES DETALHES SOBRE O SINGULAR GRAU 30.
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