Como estabelece o ritual do Rito Brasileiro do Grande Oriente do Brasil, a Loja Guardiões da Arca nº 4348, do Oriente de Porto Alegre, realizou a sua Loja de Mesa, relativa ao Solstício de Inverno. Na data de 26 de junho, com a coordenação do nosso Venerável Mestre Roger Racic, reuniram-se os Obreiros para o banquete ritualístico.
A tradição das Cerimônias das Estações perde-se na noite dos tempos, e são tão antigas como as montanhas onde eram celebradas no passado. Ao longo de um ciclo anual, o Sol, passa aparentemente por quatro portais ou fases, denominadas Equinócios e Solstícios, produzindo-se na natureza grandes fluxos e circulações de energia, que influenciam a Terra e todos os seres que a habitam.
Este Astro-Rei de nosso sistema planetário, em seu movimento aparente ao redor de nossa Terra, desponta no oriente em lugares diferentes a cada época do ano. Isso se deve à inclinação do eixo imaginário de nosso planeta em relação a seu plano de translação.
Devido a esta inclinação é que a Terra possui as quatro conhecidas estações. Assim, durante o ano, o Sol, em sua trajetória, chega a uma máxima posição Norte afastando-se do Equador para depois caminhar até uma máxima posição Sul e retomar a seguir para o Norte, num infinito bailado.
Desde tempos imemoriais, nossos antepassados festejavam os Solstícios. Nos mistérios egípcios, o Sol era simbolizado por Osíris, como o espírito do Universo e Governador das Estrelas. Os romanos celebravam as Festas Solsticiais em honra ao deus Janus, o Deus de Dupla Face. Janus, como Deus da iniciação, presidia os “Collegia Fabrorum”, os depositários das iniciações ligados ao exercício dos ofícios, dos quais as corporações de construtores da Idade Média herdaram o mesmo caráter, prestando aos dois “São João” a mesma dedicação que a Janus.
Esse costume foi mantido pelos cristãos, nas datas comemorativas de São João Batista e São João Evangelista. Assim como Janus, é aquele que, assim como o Cristo quando declara ser o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, o Senhor da Eternidade. O nome “João” é por si uma legenda. João, ou Iohannes na etimologia hebraica, significa “A Graça Divina”, como também o homem iniciado ou iluminado. São João, além de representar, simbolicamente o iniciado na Luz da Verdade.
Agora após os brindes e a degustação dos saborosos pratos preparados pela equipe do Mestre de Banquete, os convivas terão que aguardar a convocação para o próximo banquete, este referente ao de verão, o qual a nossa Oficina, como de praxe, mais uma vez deverá realizar, como nosso último encontro do ano de 2024.
Imagens de Juciandro de Oliveira, Ricardo Araújo, Eduardo Lecey e Roger Racic, texto de Eduardo Lecey.
Parabéns por cumprirem as normas estabelecidas pelo gob
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