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quinta-feira, 29 de maio de 2014

O NOVO DESPERTAR
Álvaro Palmeira e a Consolidação do
 Rito Brasileiro

 Quando Álvaro Palmeira assumiu o seu mandato, em 1963, o Rito Brasileiro apresentava o seguinte cenário:

a) Era um Rito reconhecido e incorporado ao Grande Oriente do Brasil, reconhecido, consagrado e autorizado pela Soberana Assembléia e tinha a sua Constituição adotada e incorporada ao patrimônio legislativo do Grande Oriente do Brasil;
b) Ocorreram duas tentativas para a sua implantação definitiva, uma em 1921, em São Paulo e outra em 1940, na antiga Guanabara, com a publicação de alguns Rituais e fundação de algumas Lojas;
c) As lojas surgidas em diversos Orientes, tanto naquele período inicial e outras mais recentemente, fracassaram pela falta de Rituais completos e ausência de governo no filosofismo do Rito;
d) Dois Atos haviam sido baixados pelo Soberano Grão-Mestre Geral, em 1940, o de nº 1.617, relacionado com a constituição do núcleo do Corpo Máximo do Rito Brasileiro (Supremo Conclave), e o outro, o de nº 1.636, que designava uma comissão para sua regularização;
e) Vários IIr de relevo, depois de 1940, haviam sido agraciados com o mais alto Titulo do Rito, ainda que o Supremo Conclave, logo adiante,  viesse adormecer;
f) Havia, nessa época, um interesse manifesto pelo Grão-Mestrado, em promover uma reformulação na Maçonaria no sentido de ela corresponder às exigências do momento vigente, e o Rito Brasileiro, por seu conteúdo, era o que possibilitaria a interação da Maçonaria Contemplativa à Maçonaria Militante, respeitando o alto conteúdo doutrinário da Instituição. A Igreja Católica era o exemplo marcante de que era possível a uma instituição que cultiva a tradição, ser evolutiva no atendimento das necessidades conjunturais da sociedade;
g) Em março de 1968, infelizmente, não havia nenhuma Loja do Rito Brasileiro do Grande Oriente do Brasil em funcionamento, encontrando-se o Rito até então adormecido.
Assim, o Soberano Grão-Mestre Geral Álvaro Palmeira, considerando o cenário existente, e o desejo insistente de numerosos IIr em vários Orientes, de trabalharem no Sistema do Rito Brasileiro, que vinham de encontro aos seus próprios anseios, e contando com o apoio  e a aprovação unânime dos IIr do Conselho Federal da Ordem, desencadeia o processo de implantação regular do Rito Brasileiro, ao baixar o Decreto nº 2.080, de 19 de março de 1968, que teve o intuito de renovar os Superiores  Objetivos do  Ato nº 1.617, de 03 de agosto de 1940, como marco inicial da efetiva implantação  do Rito Brasileiro, e determina a constituição de uma Comissão Especial, composta por 15 Poderosos Irmãos, com a finalidade de reverem, com plenos poderes, a Constituição do Rito Brasileiro, publicada pelo Grande Oriente do Brasil, em 1940, de modo a colocar o Rito rigorosamente em acordo com as exigências Maçônicas da Regularidade Internacional, fazê-lo Universal, separar o  Simbolismo  do Filosofismo, e tornando-o um  verdadeiro veículo de renovação da Ordem, conciliando a  Tradição com a Evolução.
Participaram desta Comissão os EEm IIr Benjamim Sodré, Grão-Mestre Geral Honorário e Erasmo Martins Pedro, Grão-Mestre Adjunto, e mais os PPod  IIr Adhmar Flores, Alberto Alves Sarda, Álvaro de Mello Alves Filho, ARdvaldo Ramos, Cândido Ferreira de Almeida, Edgard Antunes de Alencar, Eugênio Macedo Matoso, Humberto Chaves, Jorge Bittencourt, Jurandyr Pires Ferreira, Norberto Santos, Oscar Argollo e Tito Ascoli de Oliva Maya.
O Professor Álvaro Palmeira se designou Assessor desta comissão, orientando seus trabalhos, inclusive na redação da nova Constituição do Rito, aprovada em 25 de Abril de 1968. Nela, os quatro Títulos de Honra, constantes na Constituição de 1919, transladaram-se para as quatro Oficinas Litúrgicas: Sublimes Capítulos - Mestres e Cavaleiros, Graus 4 a 18; Grandes Conselhos - Missionários, Graus 19 a 30; Altos Colégios - Guardiões do Bem Público, e do Civismo, Graus 31 e 32; e Supremo Conclave - Servidor da Ordem e da Pátria, Grau 33.
A Comissão constituída se esforçou para por o Rito em ordem, porque ele já era Legal, Regular e Legítimo.
A Magna Reitoria inicial tinha como Grande Primaz de Honra o Ir Almirante Benjamim Sodré.  O primeiro Grande Primaz de Ofício foi o Ir Humberto Chaves, seguido pelos IIr Adhmar Flores, Cândido Ferreira de Almeida. O atual Grande Primaz Nei Inocencio dos Santos, assumiu o cargo, no fim da década de oitenta, com total apoio de Álvaro Palmeira, do qual foi seu assessor direto.
O cargo de Grande Instrutor do Rito foi desempenhado, em 1968, pelo Ir Professor Álvaro Palmeira, responsável pela regularidade Maçônica do Rito e pela exação dos Rituais.
Palmeira, como Soberano Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil, moldou o Rito, na área doutrinária e intelectual, na esfera do conhecimento. Em 1968, ele deu estrutura ao Rito e escreveu todos os nossos Rituais Simbólicos e Filosóficos, exceto os Rituais dos Graus 15, 19, 29 e 33, de autoria dos Eminentes Irmãos Antônio Carlos Simões (15 e 33), Dagoberto Sérvulo de Oliveira (19) e Fernando de Faria (29).
CONCLUSÃO
A criação do Rito Brasileiro engloba uma história de ideais, enfatizando que "a  Maçonaria é universal, mas o Maçom tem uma Pátria". Assim, o Rito Brasileiro vem atender as peculiaridades sócio-geográficas que influenciam o Maçom Brasileiro.

Álvaro Palmeira propôs a Maçonaria Social, que remete à maçonaria Universal, a Quarta fase, ao Quarto Período, ao Quaternário. É a Maçonaria dinâmica, participativa, ecológica, preocupada com a sorte da Humanidade. É o Renascimento maçônico, no que a Ordem possui de mais belo e profundo: o Conhecimento e a Fraternidade - esta é a missão destinada ao Rito brasileiro, ideal máximo de Álvaro Palmeira.

Fonte Site: www.supremoconclave.com.br

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