Sempre gostei de mistérios
E eles surgem pra mim
A história começa assim
Um amigo na capital
Fez um mate fraternal
Numa tarde de mormaço
E num caloroso abraço
Fez um convite especial
Aceitei o tal convite
E o dia foi bem intenso
Com adereços e incensos
Me fui de olhos vendados
Em um lugar bem fechado
Escutava algum zumbido
Nem vestido e nem despido
Me senti acompanhado
Era uma noite de inverno
Congelei vida profana
Fiquei ali com uma gana
De saber porque ali estava
E de longe alguém gritava
E fazendo saudação
Parecia uma Sessão
Que la em cima se alinhava
Logo após numa masmorra
Meu caixão, meu testamento
Talvez algum sentimento
Que eu iria padecer
Mas resolvi não sofrer
Pela tal antencedência
Refleti sobre a existência
E esperei acontecer
Olhos vendados de novo
E a condução foi violenta
A audição sempre atenta
Na pergunta QUEM VEM LÁ
Uma espada a me apertar
Um guardião bem furioso
Achando que era um curioso
Pra mistérios desvendar
Mas me deixou ser aceito
Me questionando alguns temas
E eu em muitos dilemas
Em três viagens vendado
Me senti purificado
Com água e fogo nas mãos
E a voz de alguns irmãos
Reconheci no costado
A sensação que eu tinha
Que em um Coliseu eu estava
Que uma pláteia gritava
Ou um leão ia atacar
Mas corri pra lá e pra cá
Na escuridão de uma estrada
Conduzido pra uma escada
Aonde iam me enforcar
Com a corda no pescoço
Pulei mas não troquei de plano
Foi pra deixar de ser profano
Ter fé e discernimento
Valorizei o momento
Frente algum mestre sabido
Me senti bem recebido
Fiz bonito juramento
Minhas mãos eram guiadas
Fui arriscando e confiando
Vozes rudes me falando
Quando uma taça alguem trouxe
Tomei do amargo e do doce
Deixei de lado a vaidade
E me senti na irmandade
Contando como se fosse
E a visão junto da luz
Junto a uma chuva de flores
Melodias, batidas, clamores
Ferramentas e recebidos
Cansaço de mal dormido
Mas com a alma encantada
Pois empunhavam espadas
Alguns rostos conhecidos
Me aceitaram como irmão
Na Ordem Justa e Perfeita
E meu ser se endireita
Lembrando sem rebeldia
Sinais passaram no dia
Estudos e graus virão
E eu serei grande irmão
Na Augusta Maçonaria
Letra, música: Capitão Faustino
(Irmão Luís Otávio dos Santos Silva)
ARLS Campos Elisios 3977
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