Bandeira Oficial do Rio Grande do Sul |
A Bandeira da República do Piratini ou República Rio-Grandense possui a sua origem um
pouco desconhecida e a maioria dos historiadores afirmam que o Padre
Hildebrando foi o autor do desenho original em 1835. Neste primeiro desenho, não existia nenhuma escrita, apenas as três cores o verde, o vermelho e o amarelo.
Não há um consenso sobre o que
representam as cores da bandeira Rio-Grandense, uma versão possivelmente mais
próxima da real, alegam que
as cores expressariam o auriverde do Brasil separado pelo vermelho da guerra e outras mencionam que o vermelho seria o ideal republicano.
1ª Bandeira Farroupilha |
Já o lema “Liberdade, Igualdade e Humanidade” foi usado desde 1839, quando os farrapos ocuparam Santa Catarina e proclamaram a República Juliana, sendo que foi o Major Bernardo Pires, outros falam que foi José Mariano de Matos que teria dado os retoques finais onde aplicou inúmeros elementos maçônicos e positivista a obra.
Lema da República Juliana: Liberdade, Igualdade e Humanidade |
Uma importante observação é este lema,
possui origem também maçônica. A Revolução Francesa teve como lema: “Liberdade,
Igualdade e Fraternidade”. Essa ampla utilização de simbolismos maçônicos se dá
pois a elite gaúcha militar, em sua grande maioria, era maçônica, além de positivista, portanto substituíram a Fraternidade por Humanidade .
Os dizeres “Liberdade, Igualdade e Humanidade”, assim como “República Rio-Grandense” e “20 de Setembro de 1835” em nossa bandeira, foram oficializados como símbolo oficial do
Estado pela Constituição Estadual em 14 de julho de 1891, através do Dr. Júlio de Castilhos, Governador do
Estado e autor da Constituição, amante do Positivismo de Auguste Comte, sendo seu grande discípulo e incentivador no Rio Grande do Sul.
Até aquela época, a Revolução Farroupilha era chamada de
guerra civil. Esses republicanos positivistas tinham bem a noção de que uma
identidade se constrói a partir de um mito fundador. Conhecimento que os republicanos positivistas trabalharam pela construção da República no Rio Grande do Sul e a construção de uma identidade regional.
Vamos analisar então o resultado final de nossa Bandeira e as influências da Ordem Maçônica e da Religião Positivista ou Humanista, primeiramente a descrição oficial do Governo do Estado do Rio Grande do Sul.
“As armas do Estado ou Brasão são
as da história Republicana Rio-Grandense, onde contém: o escudo oval, em prata
com um quadrilátero com sabre de ouro, sustentando na ponta um barrete frígio
vermelho, entre ramos de fumo e erva-mate de sua cor, cruzando sobre o punho do
sabre; um losango verde com duas estrelas de cinco pontas de ouro, colocadas
nos ângulos superiores e inferiores; ladeado por duas colunas jônicas compostas
com capitel e três anéis no terço inferior de fuste liso, de ouro, encimadas
por uma bala de canhão antigo, de preto, assentes sobre um campo ondulado, de
verde em ponta.
Barrete Frígio Vermelho |
Ao redor deste escudo, uma bordadura azul, contendo a inscrição República Rio-Grandense e a data 20 de setembro de 1835, de ouro, separadas por duas estrelas de cinco pontas, também de ouro; o escudo está sobreposto a: quatro bandeiras tricolores (verde, vermelho e amarelo) entrecruzadas duas a duas com hastes rematadas de flor de lis invertidas de ouro.
Colunas Maçônicas |
As duas bandeiras dos extremos estão decoradas com uma fita vermelha com bordas de ouro, atadas junto à ponta; no centro uma lança da cavalaria, de vermelho, rematada por uma flor de lis, de ouro, entre: quatro fuzis armados de baionetas de ouro e, na base do conjunto os troféus de armas, dois tubos-canhão de negro, entrecruzados, semicobertos pelas bandeiras; um listel de prata com a legenda Liberdade, Igualdade, Humanidade, de negro.”
Escudo do Rio Grande do Sul |
O que conseguimos identificar de imagem maçônica, ou que os estudiosos assim o consideram:- Primeiro, o quadrilátero de prata
simboliza a Loja, a Maçonaria local;
- Segundo, o sabre de ouro dentro
do quadrilátero, é a Maçonaria local em ação;
- Terceiro, o barrete frígio ou barrete da liberdade em vermelho, símbolo do regime republicano, que fica bem ao centro do brasão
na ponta da espada, indica que o objetivo dessa ação é a República;
Quarto, os ramos simbolizam que
os ideais nunca devem morrer;
- Quinto, e um dos mais estranhos,
é que existem duas estrelas, uma inferior e uma superior, indicam um símbolo
maçônico universal, indicando que a maçonaria do mundo inteiro apoiam os ideias
republicanos Rio-Grandenses;
- E por último, que todo esse
simbolismo é posto entre duas colunas, indicando que toda obra planejada deverá
obedecer aos postulados da maçonaria.
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